19/02/2016 21h22 - Atualizado em 19/02/2016 21h23

Amapá tem 44 pacientes com suspeitas de zika vírus, diz CVS

Amostras estão sendo analisadas no Instituto Evandro Chagas, em Belém.
Estado não tem casos confirmados do vírus, diz Coordenadoria de Saúde.

John PachecoDo G1 AP
Laboratório da USP em Ribeirão Preto desenvolveu exame de sangue para detectar zika vírus (Foto: Chico Escolano/EPTV)Amostras de pacientes com suspeitas de zika vírus
são analisadas no Pará (Foto: Chico Escolano/EPTV)
O mais recente balanço da Coordenadoria de Vigilância em Saúde do Amapá (CVS) aponta para 44 pacientes com suspeitas de zika vírus no estado. A transmissão é feita pela picada do mosquito Aedes aegypti, e o vírus foi recentemente associado a casos de microcefalia em bebês.
As amostras que podem confirmar as suspeitas da transmissão estão em análise no Instituto Evandro Chagas, em Belém, no Pará. O Amapá é o único estado do país onde casos de zika não foram registrados.
O médico Clóvis Miranda, diretor da CVS, não informou as características das pessoas com suspeitas da doença, e nem os municípios de contágio.
Os casos foram identificados após os pacientes apresentarem sintomas atribuídos à zika, como febre intermitente, erupções na pele, coceira e dor muscular. A evolução da doença costuma ser benigna e os sintomas geralmente desaparecem em um período de 3 até 7 dias.
plenário, alap, assembleia, amapá, deputados, (Foto: John Pacheco/G1)Audiência pública ouviu população e especialistas sobre combate ao mosquito (Foto: John Pacheco/G1)
"Eles apresentaram as suspeitas, pois o zika se caracteriza por uma grande vermelhidão na pele, e, no chikungunya, a dor é mais forte. Estamos no aguardo desses resultados e não sabemos se o zika causa anticorpos, se é eliminado após a doença. Tudo está sendo estudado", disse Miranda.
Os dados de suspeitas de zika, além do detalhamento das ações de combate ao Aedes, foram apresentados em uma audiência pública nesta sexta-feira (19), no plenário da Assembleia Legislativa do Amapá (Alap). Profissionais de saúde, estudantes, órgãos do judiciário e representantes das forças de segurança participaram e discutiram estratégias para controle do Aedes aegypti.
O promotor de Justiça da Saúde André Araújo disse que apesar do esforço dos setores de endemias municipais, cabe a cada cidadão o combate ao mosquito.
"Nosso papel é somar, propor, recomendar em casos como esse de acompanhamento de políticas públicas. Essas audiências levam para a população as ações, pois assim ficam só no âmbito da gestão. Estamos repassando a necessidade desse combate para a comunidade", falou.
O deputado estadual Antônio Furlan (PTB), que propôs a audiência, destacou que mesmo o Amapá não registrando casos positivos da doença, a permanência da atuação é necessária. “O mundo todo fala em zika atualmente, e para a sociedade o momento é oportuno. Hoje ainda não sabemos muito sobre o zika, mas mesmo assim temos que conscientizar a população", sugeriu o deputado.

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